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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Passeando em Montmartre (18ème)


Em Montmartre nós tivemos oportunidade de testar duas coisas muito faladas pelos turistas e blogs. O perigo de se andar em Montmartre e mal atendimento dos garçons, fenômeno que já rendeu uma matéria recente no Le Figaro.


Subindo a escadaria de Montmartre um simpático paulista residente no Rio nos alertou que todos os garçons parisienses atendem mal e que por isto jamais lhes dava gorjetas. Eu lhe disse: mesmo porque a gorjeta de 15% já está incluída na conta.


Embora um tanto abarrotado, passear em Montmartre foi muito prazeiroso, o bairro é bem legal, me deu vontade de hospedar lá da próxima vez. Não achei o ambiente mais perigoso do que a Torre Eiffel ou a Notre Dame. Bebidas nas lanchonetes em torno de dois euros, mais barato do que nos arrds. centrais.


Logo que a rua começa surgem os desenhistas oferecendo os portraits. Vi um senhor oferecer um retrato a um casal português inicialmente por cinquenta euros, ele foi reduzindo a cada cinco euros, escrevendo no cantinho inferior da folha, e o negócio foi fechado a 35e=R$85. Na pracinha mais à frente onde a maioria deles estavam situados o preço mais comum era de 25e (20e para estudantes). Minha filha me falou que estudantes de Artes e Design das universidades o fazem por muito menos se alguém assim o quiser.











Os restaurantes, lanchonetes e creperies estavam lotados de pessoas e os lugares nas calçadas eram bem disputados. Resolvemos sentar em uma mesa na calçada de uma pizzaria que acabara de liberar e um garçom já chegou meio irritado dizendo que só poderíamos sentar se fôssemos apenas beber. Pedi, então, uma mesa no interior do restaurante, e enquanto aguardava a providência do funcionário, um garçom jovem carregando uma bandeja com uns oito pratos falou em voz alta: "chaux, chaux, chaux, chaux...". Eu nunca vi tamanha grosseria ser praticada por um garçom brasileiro, nem comigo e nem com ninguém. Eu deveria ter saído e procurado outro restaurante, mas é impressionante como ficamos sem ação diante do inesperado. Lá foi a única vez que almoçamos em restaurante propriamente dito: três pizzas e três refrigerantes, mais quinze por cento de gorjeta perfizeram o total aproximado de 55e=R$130. Eu penso que pagar caro em restaurantes não é indício de sucesso profissional, está mais próximo de um gasto desnecessário. O tratamento nas lanchonetes é muito mais educado do que nos restaurantes parisienses.










Quando estávamos aqui aguardando o Montmartrebus comentei que achava esta rua semelhante à Petrópolis. Minha namorada e minha filha riram de mim, rs...

Sacre Coeur e a vista de Paris (2)








Torres Montparnasse e Eiffel



Foto: Amanda Dias


Este trenzinho (Promotrain) passeia por Montmartre por quarenta minutos (6e=R$14).








O Beauborg ao centro.





Sacre Coeur e a vista de Paris


É proibido flashes no interior da Igreja e há fiscalização, não muito eficaz.



Foto: Amanda Dias
Maquininhas de venda de medalhas no interior da igreja.




Para ir à cúpula (dôme) você sobe uma série de escadas em caracol perfazendo trezentos degraus. Não é tão cansativo assim e a vista compensa largamente o esforço físico.














Vista de La Defense, centro financeiro fora dos limites de Paris.