Há mais de trinta anos atrás vi um poster das muralhas de Ávila, à noite, em uma loja especializada em materiais gráficos de Juiz de Fora, uma papelaria voltada para artistas. Foi uma imagem marcante, e sempre pensei que visitar aquela cidade medieval era mais que um sonho. Quando finalmente decidimos viajar a Madri fiquei feliz em saber que Ávila se situa próximo da capital espanhola.
Quando fiz os primeiros testes nas maquininhas da Renfe, na estação Atocha vi que as opções para Ávila seriam apenas para trens noturnos. Achei esquisito, todas as outras cidades estavam lá, idêntico à uma compra online,mas justo Ávila, não. Na estação de Puerta del Sol o mesmo problema se sucedia.Pensei, não vou conhecer Ávila (online não se vende para cartões estrangeiros).
Uma tarde encarei a fila de atendimento, e a funcionária me alertou: para comprar passagens em Ávila somente na estação de Chamartin. Achei aquilo coisa país burocrático e sub-desenvolvido, você ter que ir a uma estação específica para apenas comprar um ticket (depois verifiquei, que à maneira da América Latina, os funcionários não sabem o que estão falando).
Fui à Chamartin em uma manhã apenas para comprar os tickets. Chegando lá uma atendente junto à máquinas me avisou que para Ávila eu teria que comprar diretamente no guichet, que só abriria às 14h!. Fiquei desolado, parecia conspiração. E eis que vejo num cantinho, isolada, uma maquininha de bilhetes diferente das demais. Era para venda de passagens para percurso de "média distância", e lá se encontravam à venda os bilhetes para Ávila (MD). Impressionante, por que não reunir tudo em um padrão único, juntamente com as venda dos percursos de curta e longa distância?
Comprei os tickets, eu iria até Ávila (€21, ida e volta)