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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Com os amigos em um café do Beaubourg


Foto: um simpático francês que passeava pelo local

Ópera Garnier (9ème)















Foi uma pena não ter como ver o interior da Ópera Garnier.




O tradicional Café de la Paix. Aqui havia muitas pessoas com sacolas de compras.



Após a visita a esta região voltamos pela linha 29 para a Rambuteau. Ao entrar no ônibus perguntei ao motorista onde validaria o ticket. Sem me olhar ele bateu com os dedos, irritado, na maquininha atrás de seu banco. Mas foi a única vez que tive aborrecimento com motoristas de ônibus. Os demais foram educados.


Madeleine (8ème)


Os 8ème e 9ème arrondissements são as regiões mais ricas de Paris, salvo melhor juízo. Aqui por estas ruas passamos em frente a um imponente banco francês do qual saíam um grupo de executivos. Fiquei com a impressão de que estava diante dos mais privilegiados dos privilegiados, habitantes de um outro mundo muito acima da média humana.












Nunca tinha ouvido falar desta igreja. Ela é bem imponente e o interior maravilhoso. Deve ser legal assistir uma missa aqui, mesmo eu não sendo religioso.












Esta é a tal da Fauchon, um dos maiores símbolos do requinte, ou da futilidade capitalista, como queiram. São duas lojas, eu entrei na dedicada à gastronomia. É bem interessante de se ver, pois os produtos são vendidos em umas caixinhas bonitas, com a logomarca da rede. Aqui eu vi o símbolo dos símbolos do esnobismo: potes de 125g de caviar a 341e=R$800. Também havia o menu degustação light por 49e=R$115. Havia uma cliente, uma jovem de menos de trinta anos, com visual estilo estudante universitária, sentada próxima à vitrine usufruindo do seu caviar. Se alguém pensa que por que pretende pagar por este menu vai ter tratamento muito diferenciado vai se decepcionar. Cinquenta euros é uma quantia acessível para metade da população desta cidade. Comer caviar aqui, se não é quotidiano ou trivial, também não é algo que abale as finanças dos clientes. A maioria dos produtos oferecidos na loja não passa dos vinte euros. Havia brasileiros em proporção acima da média na Fouchon. Alguém me explicou que isto se deve a estes programas de jornalista baba-ovo da alta sociedade.

Rue Saint Honoré e Place Vendôme (1er)






Nesta galeria você vê uma lojinha de souvenirs de um euro e, próximo, a loja da Rolex vendendo relógios de trinta mil euros.













Em matéria de automóveis eu observei:

1. Mercedes Classe S preto é o padrão de táxi e o preferido dos ricos locais.
2. Metade dos automóveis são luxuosos: Mercedes, Audi, BMW, Porsche e Volvo predominam. Há muitos Jaguar e pouquíssimas Ferraris.
3. Entre os populares: Peugeot, Renault e Citroën como era de se esperar. Em menor medida: Opel, VW, Ford e Fiat. Há bem menos japoneses e não vi chineses. Não vi carros estadunidenses.
4. Quase não vi pickups sejam cabine simples ou dupla. Jipões não é a deles.
5. Andar de automóvel é uma roubada. O trânsito é confuso e o pedestre manda. Quase não há postos de combustíveis (litro de gasolina: aprox.1,30e=R$3).
















Observando o vestuário local

Moda e vestuário não é assunto que eu entenda e/ou goste muito para dar uma opinião fundamentada, mas ficam aqui o que observei nas pessoas que transitavam em Paris:

1. Logo de cara fiquei cismado que as pessoas me olhavam muito, e particularmente para a minha roupa. Sabendo que se anda muito na cidade, optei por ir sempre com um tênis confortável, destes nacionais com uma certa qualidade, com amortecimento, na faixa dos 300 reais. Preto e com pequenos detalhes em dourado, eu creio que é um tênis comum e discreto para os nossos padrões. Usava camisa comprida branca lisa, mochila e uma jaqueta preta de nylon para baixo da cintura. Uma roupa absolutamente comum no Brasil, portanto. Uma adolescente francesa olhou para o meu tênis insistentemente no Marais e aí eu vi que lá estava a questão de tantos olhares, fora o fato de eu ser estrangeiro, óbvio.

2. Os parisienses são muito elegantes, certo dia fiquei na esquina da Beaubourg com Rambiteau, enquanto aguardava nossos amigos e observava o ritmo apressado dos habitantes locais. O uniforme masculino é: paletó esporte fino, camisa lisa ou listrada comprida, calça jeans de melhor qualidade, e nos pés: sapato preto ou marrom bico fino, sapatênis, dockside, ou tênis liso baixo. Não se usa tênis sofisticados como os daqui, nem mesmo os jovens de periferia usam tênis de 500 dólares. Eu vi tênis caros à venda apenas em uma loja de materiais esportivos. A cultura estadunidense, conforme já falei, não prevalece lá.

3. Não é absolutamente verdade que os franceses tem um odor repulsivo. Você sente o perfume deles e delas várias vezes por dia no caminho. Apenas uma vez ou outra, em lugares fechados, você vê algum jovem do sexo masculino desleixado que deveria frequentar com mais assiduidade o chuveiro.

4. Vi pouquíssimas pessoas usando boné. A maquiagem é discreta e não vi francesas "peruas" e nem "mulheres-frutas". Se você quer ver o popozão na França pode desistir. Ninguém usa roupas colantes ou muito decotadas, mesmo porque o verão deles faz frio, e a maioria anda agasalhada. Não tem este negócio de que pessoas de clima temperado estão acostumadas com baixas temperaturas.

5. As mulheres franceses são mais altas que as latinoamericanas, e magras. De modo geral não há obesos na França, e no metrô não dá para passar pessoas obesas pelas catracas. As mulheres andam bem vestidas e mesmo as muçulmanas são bem vaidosas. Vi uma muçulmana de burka apenas uma vez, em Montparnasse.

6. Não vi jovens com camisas de quaisquer times de futebol que fossem.

7. Os jovens japoneses têm um visual bem maneiro, bem high-tech, por mais que se riam deles, eu gostei bastante da roupa que eles trazem de lá.

8. Os estadunidenses ganham qualquer campeonato em matéria de desprendimento para com o vestuário, rs...

9. Comparativamente, o brasileiro veste marca, o francês veste elegância e bem-estar.


Louvre e Tuileries (1er)




















Após seis horas no Louvre você fica bem cansado e quer sair por Paris afora. Comer um croissant que derrete na boca no Jardim das Tuileries não dá para esquecer.