Eu tenho a impressão de que cinco locações parisienses fazem parte do imaginário de qualquer indíviduo: Eiffel, Louvre, Notre Dame, Arco do Triunfo e Sacre Coeur. O conhecimento sobre o restante da cidade varia muito com as pessoas. Na minha adolescência o Quartier Latin era sinônimo de juventude universitária e rebelde, em função do equívoco de muitos pensarem que maio de '68 começou na Sorbonne (na verdade começou em Nanterre, que a rigor, nem fica em Paris, mas no município homônimo). Passeando pelo Quartier Latin (5e) o que vemos é uma região de alto poder aquisitivo.
Dos vinte arrondissements de Paris, apenas não passei pelo 13e e pelo 20e, sem nenhuma razão especial para tanto. Agora leio que o primeiro deles está sendo chamado de Nouveau Quartier Latin. Eu acho muito legal uma administração não permitir que a periferia fique ao léu. De hoje a 3 de junho, haverá animações, conferências, visitas guiadas, fanfarras e performances, com participação da Universidade de Paris Diderot, Biblioteca Nacional da França e Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais. É uma oportunidade de conhecer a parte não turística da cidade.