O Museu do Design me alertou, mas não tanto quanto deveria, para dois aspectos: Barcelona força um pouco a barra para parecer mais vanguardista do que é (em termos atuais) e também nos preços das atrações. É bom manter o olhar crítico e o bolso fechado.
O Museu do Design tem várias características iniciais de museus que me agradam: é espaçoso, barato (4€), com propostas de centro cultura, não é um museu passivo, não atrai turistas fast-food, lá trabalham pessoas que têm pelo menos uma identificação razoável com o objeto do museu, possuem gift shop com souvenirs temáticos e uma lanchonete de bom-gosto. Funciona de terças a domingos entre 10 e 20h, horário padrão dos museus de Barcelona.
São quatro andares, cada um voltado par um tema. Inicialmente não me empolguei muito com a aplicação do design na indústria de consumo,mas achei mais interessante a história da indumentária e muito mais o design na publicidade.
A Torre Agbar é um edifício privado que não admite visitas turísticas. É um dos símbolos de Barcelona, e à noite apresenta uma bela iluminação, mas não cheguei a vê-la. Esta iluminação está para ser desativada daqui a alguns meses.
A região de Glòries é acessível por meio da linha 1 (vermelha) e também pelosótimos tramvias T4, T5 e T6. Fomos lá em função do mercado de pulgas Fira del Bellcaire, mais conhecido como Els Encants. Com um novo prédio construído pela prefeitura possui uma estrutura moderna com elevadores, praça de alimentação e centenas de estandes. Decididamente, não é para nós. Assim como quando fomos à tradicional feira do Rato em Lisboa, aqui nos Encants o que senti foi muita tristeza. Não é uma feira de pessoas vendendo bugigangas e objetos pitorescos que sobram em suas residências, mas uma feira da miserabilidade. Ficamos uns quinze minutos. Acho que nunca mais vou em mercado de pulgas. E aí aproveitamos para ver o museu de Design, isto sim uma experiência cultural relvante.
