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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Museu Arqueológico de Alcalá de Henares



O Museu Arqueológico Regional de Alcalá de Henares foi uma grata surpresa. Eu estava meio entediado da abordagem oficial dos museus espanhóis, uma visão superficial de História e que ignorava a colonização espanhola nas Américas. Este museu apresentava a História com uma abordagem mais séria, mais crítica, mais totalizante, interessante tanto para humanistas profissionais como para o público em geral. Entrada gratuita, aberto de terças à sábados, entre 11h e 19h.

É proibido fotografar o seu interior e há fiscalização. Um estadunidense idoso, com ar de pesquisador ou professor universitário, e com uma senhora câmera, tirava muitas fotos de tudo o que havia por lá, como se colecionasse material de pesquisa ou didático. O segurança, um pouco mais novo, foi para cima dele, e com voz e ar policial avisou-lhe que era proibido fotografar, em espanhol. Duas vezes.

O senhor, nada, fiquei com a sensação que ele ouviu, entendeu, e decidir ignorar a ordem. Foi nesta hora que eu pensei: será que o segurança vai ter coragem de tomar a câmera do turista? O segurança deu um sorriso sem graça, e sentou-se novamente, com ar de impotência.

A Espanha me dá bem esta impressão, a de que há ordens que são flagrantemente desrespeitadas, assim como no Brasil, quem cumpre o seu dever de fiscalizar depende muito mais da aquiescência das pessoas do que do seus instrumentos de fiscalização.

Estes funcionários que fiscalizam os museus têm uma profissão ingrata: passam o dia inteiro olhando as mesmas salas, aguardando o momento que alguém transgrida uma regra para ter o que fazer.






















Após sairmos do Museu Arqueológico, ficamos passeando a esmo, enquanto era chegada a hora de voltarmos para Madri.











"Campainha" da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica.

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