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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Problemas do site da Alitalia





Na volta ao Brasil via Roma passei por alguns sustos e um aborrecimento já previsto:

a) Na véspera do voo, ao fazer o check in via smartphone o site brasileiro da Alitalia não reconheceu o meu email. Não pude fazer check in nenhum.

b) Tentei pelo tablet e consegui fazer o meu check in, mas não o da Matilde, o site não a reconhecia como passageira do voo

c) Tive que resolver tudo e imprimir os boarding cards em uma lan house de proprietários turcos que não falam inglês.

d) No guichê da Air Berlin o atendente se espantou com os boarding cards impressos e ele teve que proceder à novo check in, é como se imprimir bilhetes fosse algo do passado e não mais funcional.

e) Não nos serviram refeições vegetarianas como eu havia escolhido no site brasileiro da Alitalia, e desta vez eu já presumi que este fato se repetiria como na ida e nem perdi tempo em informar os comissários de bordo.

Assim como na ida relatei o passageiro produtor rural que ficou descrevendo minuciosamente os milagres que acredita ter sido merecedor e também sobre o pastor que celebrou um mini-culto às três da madrugada acordando quem estava ao redor, no voo da volta também topamos com pessoas que não conseguem serem discretas:

a) uma senhora descreveu copiosamente, com as mesmas palavras. sequência e ressentimentos, num tom de voz acima do normal, os aborrecimentos que teve com a Iberia no ano anterior.

b) uma família - marido e esposa jovens e sogros da nora - propiciaram algum entretenimento. A moça quase fez um chilique porque cada um não queria sentar nas poltronas que ela escolhia, e isto durou uns quinze minutos entre os familiares, o troca-troca de lugares. Mas mais divertido foi o marido: uma combinação de cara de bebê com corpo de jogador de futebol americano e uma natural vocação para obedecer à esposa. Em determinado momento ele colocou um chapéu de cowboy, levantou-se, cruzou os braços e ficou olhando em direção aos passageiros. Ficou assim uns três minutos. Não sei se ele é um cantor sertanejo e ficou aguardando aplausos, que não vieram. Depois disto, meio irritado, sentou-se com força e ... quebrou a poltrona, quase me atingindo que estava sentado logo atrás.

Eu não sei se alguns brasileiros se espantam com o fato de encontrarem outros brasileiros na Europa e por isto sentem falta de serem identificados.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A Flixbus quase nos deixa em Dresden



Dresden tem duas estações ferroviárias: a principal, Hauptbahnhof, ao sul, e a de Neustadt, ao norte do rio Elba. Como Dresden fica ao sul de Berlim o ônibus passa primeiro na estação da parte norte. Vi quase todo mundo lá descendo e acreditei ter chegado à estação principal, não dei pela coisa. O impressionante é que tive três sinais claros de que havia descido no lugar errado: a estação de Neustadt é menor do que a de Hauptbahnhof, caminhando a parte histórica estava depois e não antes do rio Elba, e o mapa que peguei não batia com os caminhos que eu tomava. Curioso como a nossa mente não funciona a contento quando você não está no controle da situação, não está em seu domínio de conforto. Cochilei geral. Em minha defesa, no entanto, digo que perguntei ao motorista, ao chegar em Neustadt, se deveria pegar o ônibus de volta à Berlim naquele ponto, na estação errada, em Neustadt. Ele confirmou sem pestanejar, nem sequer pediu para ver os meus bilhetes.

Ao final do passeio, quando retornamos e eu vi escrito claramente Neustadt na entrada da estação ferroviária verifiquei o meu erro e compreendi tudo. Fiquei muito preocupado, mas pensei: o ônibus vai passar por aqui mesmo, basta pegá-lo, nós pagamos pelo trajeto integral, não há o que temer.

E eis que o motorista em um primeiro momento nos veda o acesso ao veículo porque estávamos na estação de embarque equivocada, e o fez rispidamente como se eu fosse um espertalhão, como se eu quisesse ludibriá-lo. Durante os minutos seguintes, enquanto todos embarcavam fiquei pensando: e agora? Vamos ter que ir de trem, e se não houver passagens, e se tivermos que dormir em Dresden? Amanhã pegamos os voos de volta, e se não der tempo?

Criei coragem e em inglês disse ao motorista que o seu colega no trajeto de ida havia nos afirmado que poderíamos pegar o ônibus de volta naquela mesma estação. Ele escaneou os bilhetes e conferiu nossos nomes. Disse secamente: "you may go". Nem uma desculpinha ou sorriso de simpatia.

Nestas horas eu penso que em matéria de viagens - ou na vida - não há este negócio de "o acaso vai cuidar de mim quando estiver distraído". Por mais que eu planeje e estude o passeio há sempre um risco de algo sair muito errado.

Ah, claro, experimente não falar inglês para ver como fica.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Zwinger (Dresden)























 Zwinger ("Canil") é o principal palácio e complexo de museus construído no início do século XVIII por "Augusto, o Forte", Eleitor da Saxônia e Rei da Polônia. Completamente destruído pelo bombardeio angl0o-americano de Dresden em fevereiro de 1945 é o monumento arquitetônico mais importante do Barroco de Dresden. É uma pena não termos visitado por dentro e o seus museues,mas não daria tempo.Ficar para quando voltarmos lá, algum dia. Aberto entre 6 e 22h (primavera e verão) Ingresso: €10

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Dresden (3)





















Dresden não é uma cidade muito adequada para bate-e-volta. Imagino que são necessários pelo menos cinco dias para conhecê-la, e eu ficaria uma quinzena por lá numa boa. Vi diversas excursões de idosos alemães em Dresden com um ar de que também estavam conhecendo a cidade pela primeira vez. Dresden ainda não é um chamariz turístico, e por isto a estadia lá se encontra em um patamar inferior a outras cidades mais visadas pelo turismo fast food.


























segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Dresden (2)






















































Dresden, uma cidade do século XIII, se tornou a capital da Polônia durante o século XVIII quando um eleitor da Saxônia passou a acumular também a coroa daquele país. É deste período que começa a arquitetura barroca que predomina na parte antiga da cidade, próxima ao rio Elba. A estreia da ópera Tannhäuser de Richard Wagner também ocorreu em Dresden em 1845. Hoje Dresden, com mais de meio milhão de habitantes, é uma referência no Design e importante centro universitário de pesquisas.