(1931)
Maurice é um pacato contador de um escritório e motivo de frequente bullying por parte dos colegas. Casado com uma megera, tem a sua vida controlada pela esposa que lhe impõe horário de chegada, só lhe fala aos gritos e ridiculariza a sua pintura. Impotente e infeliz, ao andar por uma rua de Paris vê uma indefesa moça sendo agredida pelo namorado bêbado. Lulu, na verdade é uma prostituta e Dedé, o seu gigolô. Bom, o pobre Maurice cumpre a sua função de macho protetor e começa a dar boa vida à moça, e por tabela, parte desta boa vida vai para os bolsos do cafetão.
Achei muito interessante poder ver a Paris dos anos trinta, as ruas, as praças, os cartazes, os automóveis e as pessoas, embora certamente não é o foco do filme e é preciso estar atento a cada instante.
O enredo do filme lembra um romance de Machado de Assis, ou algo assim, e você poderá ver que é um tema bem comum na literatura e no cinema posterior. Ou no cinema contemporâneo de então, como O Anjo Azul, no qual um prussiano e conservador professor tem a sua vida destruída por uma moça de vida difícil. Aqui, no entanto, o tom é mais de comédia.
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