A metereologia acredita que nevará na próxima sexta-feira (03/02) com as temperaturas mínimas atingindo -10°C. Até a semana passada o inverno da Europa ocidental estava mais para o início da primavera, com temperaturas médias na capital francesa em torno de 8°C.
"It can happen to you, it can happen to me, it can happen to everyone eventually" (Yes, 1983)
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Filmes parisienses (8)
Paris está em chamas?
(1966)
"O fim da ocupação alemã da França estava próximo. Ela ainda demoraria várias semanas para se completar, mas o momento simbólico aconteceu quando um levante popular, inspirado por greves, e um ataque da Resistência francesa aos ocupantes germânicos, além da disposição do comandante alemão, general Dietrich von Choltitz, de render-se (apesar das ordens de Hitler para reduzir Paris a escombros se não pudesse segurá-la) (grifos meus) levaram o supremo comandante dos Aliados, general Dwight Eisenhower, a dar uma divisão francesa a honra de libertar a capital francesa, em 24 de agosto."
KERSHAW, Ian. Hitler. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. P.902.
Em meados da década de oitenta a Globo exibiu este filme em uma noite qualquer, lembro-me que o título me chamou a atenção, mas comecei a vê-lo no exato instante em que um oficial alemão perguntou ao seu comandante recém-chegado à Paris ocupada: "É uma cidade tão bonita. O senhor teria coragem de destrui-la?" "Nós somos soldados", foi a resposta do general, ou algo assim. Achei, àquela época, que se tratava de uma ficção estereotipada e mudei de canal ou fui dormir.
Paris está em chamas? é um filme de qualidade, com fundamentação histórica, com roteiro de ninguém menos que o escritor Gore Vidal e por Francis Ford Coppola. Tem uma gama de astros (Kirk Douglas, Glenn Ford, Orson Welles, Anthony Perkins, Charles Boyer, Yves Montand, Leslie Caron, Jean-Paul Belmondo, Simone Signoret, e Alain Delon). e inclui algumas cenas reais mostrando o combate das diferentes organizações da Resistência francesa contra a Wehrmacht e a SS. Não é um filme maniqueísta, mas é óbvio que enche a bola da Resistência francesa e dos comandantes estadunidenses, claro. Mas é muito interessante reconhecer as locações na capital francesa (cerca de cento e oitenta ruas e monumentos), particularmente para quem já visitou a cidade.
Barbie-pebolim.
De presente para sua filha...
Fonte:http://roede.blogspot.com/2012/01/parque-de-diversoes-no-grand-palais.html
domingo, 22 de janeiro de 2012
Locações de apartamentos para temporada (Locations meublées touristiques)
No ano passado foi veiculada a notícia de que as locações de apartamentos para temporada em Paris teriam sido legalmente proibidas dado o seu impacto no valor dos alugueres residenciais. Assim, quem viajava para a capital francesa com um contrato assinado para ficar alguns dias ou semanas em um apartamento com esta finalidade sabia que estava correndo algum risco com a fiscalização municipal. Esta matéria vem esclarecer o assunto. http://www.paris.fr/accueil/accueil-paris-fr/locations-meublees-n-oubliez-pas-de-les-declarer/rub_1_actu_110760_port_24329
A locação para temporada cresceu bastante nos últimos tempos em Paris (mais de vinte mil locações nos últimos cinco anos). Nas regiões Oeste e no Centro (1, 2, 3, 4, 7, 8, e 9 arrondissements), as locações para temporada chegam a representar vinte por cento das ofertas. Com valores próximos aos da hotelaria, as locações para temporada chegam a custar o dobro ou o triplo de um contrato de longa temporada, o que causa um forte impacto na vida dos munícipes.
O proprietário do imóvel que será destinado a locações para temporada (inferior a um ano) tem que requerer uma autorização junto à prefeitura de Paris e arcar com algumas compensações. As multas judiciárias por descumprimento são elevadas. O difícil para o turista locatário, a princípio, é verificar se o imóvel que está alugando encontra-se em situação regular.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Aeroporto de Orly
Voo direto somente não é vantajoso quando confrontado com uma diferença de valor considerável para o voo com escalas (uma apenas, duas, eu já penso que é demais). No ano passado nós viajamos direto para Paris, pousando no CDG (Charles de Gaulle). Este ano, o mesmo voo (dia e hora) está, no presente momento, 26% mais caro. Então, eu vejo que desta vez terei que pegar uma conexão, e o destino final é o aeroporto de Orly, ao sul de Paris.
Sobre aeroportos a preocupação maior é como, por quanto tempo e por quais meios e valores você chega e sai de lá. Vamos começar pela chegada. Você passou pela polícia francesa, pegou as suas malas e agora: vai de táxi, ônibus, transfer ou RER? Eu já narrei a minha experiência anterior no CDG (http://enaldoemparis.blogspot.com/2011/07/do-aeroporto-ao-apartamento-taxi-ou-rer.html).
Ao contrário do CDG, os trens municipais RER não passam em Orly, então é preciso pegar uma conexão até uma das linhas disponíveis:
para RER B: (corta Paris no sentido sul-norte, estações Denfert-Rochereau, Saint Michel/Notre Dame, Châtelet-Les Halles, Gare du Nord): você pega a navette Orlyval (é um metrô automático), porte A (se em Orly Ouest, no nível da plataforma de embarques) ou porte K (Orly Sud). O Orlyval funciona entre 6 e 23 h (por isto é bom ficar atento se precisar fazer check in antes das 6 horas!), a cada quatro minutos. O ponto final é na estação Antony onde pegará o RER B. Tarifa combinada (Orlyval e RER): 10,90 euros. Tempo estimado até Châtelet-Les Halles: 35 min.
para RER C: (margea todo o rio Sena): você pega um ônibus "Paris par le train" (http://www.parisparletrain.fr/fiches_horaires/pplt_FHNPPT_PF.pdf) a cada 15 min (Orly Sud: porte F, Orly Ouest: Porte G, nível de desembarque) até Pont de Rungis e toma o RER C no sentido Pontoise. Tarifa combinada (ônibus e RER): 6,45 euros. Tempo até a estação Saint-Michel Notre Dame: 35min. A linha de ônibus "Paris par le train" foi inaugurada no mês passado e funciona entre 4 h e 41 min até 0 h e 56 min.
Ônibus (Orlybus): Acho que ir de ônibus também pode ser uma boa opção, principalmente para quem quer ver a cidade. Saem de Orly Sud (D) e Orly Ouest (G) e vão até a estação Denfert Rochereau (14e) (metrô linhas 4 e 6). A cada vinte minutos, trajeto entre 20 e 30 minutos, tarifa: 6,90 euros.
Táxi: Primeira vez em Paris? Vai acompanhado(a)? Mala pesada? Cansado de mais de quinze horas de voo e conexão? Vá de táxi, é a melhor opção. Sentadão, seguro(a) e tranquilo(a), pode arriscar o seu francês ou inglês com o motorista e curtir a cidade. De Orly até Châtelet-Les Halles fica em torno de quarenta euros. Tempo estimado: quarenta minutos.
Há outras opções no site. http://www.aeroportsdeparis.fr/ADP/fr-FR/Passagers/Acces-Plans-Parking/Paris-Orly/Acces/Transports-En-Commun/paris-orly-transports-en-commun.htm. O aeroporto de Orly é mais bem servido do que o CDG.
Quem for fazer check in antes das seis da matina, a solução, salvo melhor informação, é reservar um táxi, pois não há mais a linha 120 do ônibus noturno Noctilien, que ligava Châtelet-Les Halles à Orly Sud. Há, no entanto, as linhas 31 e 131 saindo da Gare de Lyon (http://www.noctilien.fr/Noctilien/Recherche.do)
Ao contrário do CDG, os trens municipais RER não passam em Orly, então é preciso pegar uma conexão até uma das linhas disponíveis:
para RER B: (corta Paris no sentido sul-norte, estações Denfert-Rochereau, Saint Michel/Notre Dame, Châtelet-Les Halles, Gare du Nord): você pega a navette Orlyval (é um metrô automático), porte A (se em Orly Ouest, no nível da plataforma de embarques) ou porte K (Orly Sud). O Orlyval funciona entre 6 e 23 h (por isto é bom ficar atento se precisar fazer check in antes das 6 horas!), a cada quatro minutos. O ponto final é na estação Antony onde pegará o RER B. Tarifa combinada (Orlyval e RER): 10,90 euros. Tempo estimado até Châtelet-Les Halles: 35 min.
para RER C: (margea todo o rio Sena): você pega um ônibus "Paris par le train" (http://www.parisparletrain.fr/fiches_horaires/pplt_FHNPPT_PF.pdf) a cada 15 min (Orly Sud: porte F, Orly Ouest: Porte G, nível de desembarque) até Pont de Rungis e toma o RER C no sentido Pontoise. Tarifa combinada (ônibus e RER): 6,45 euros. Tempo até a estação Saint-Michel Notre Dame: 35min. A linha de ônibus "Paris par le train" foi inaugurada no mês passado e funciona entre 4 h e 41 min até 0 h e 56 min.
Ônibus (Orlybus): Acho que ir de ônibus também pode ser uma boa opção, principalmente para quem quer ver a cidade. Saem de Orly Sud (D) e Orly Ouest (G) e vão até a estação Denfert Rochereau (14e) (metrô linhas 4 e 6). A cada vinte minutos, trajeto entre 20 e 30 minutos, tarifa: 6,90 euros.
Táxi: Primeira vez em Paris? Vai acompanhado(a)? Mala pesada? Cansado de mais de quinze horas de voo e conexão? Vá de táxi, é a melhor opção. Sentadão, seguro(a) e tranquilo(a), pode arriscar o seu francês ou inglês com o motorista e curtir a cidade. De Orly até Châtelet-Les Halles fica em torno de quarenta euros. Tempo estimado: quarenta minutos.
Há outras opções no site. http://www.aeroportsdeparis.fr/ADP/fr-FR/Passagers/Acces-Plans-Parking/Paris-Orly/Acces/Transports-En-Commun/paris-orly-transports-en-commun.htm. O aeroporto de Orly é mais bem servido do que o CDG.
Quem for fazer check in antes das seis da matina, a solução, salvo melhor informação, é reservar um táxi, pois não há mais a linha 120 do ônibus noturno Noctilien, que ligava Châtelet-Les Halles à Orly Sud. Há, no entanto, as linhas 31 e 131 saindo da Gare de Lyon (http://www.noctilien.fr/Noctilien/Recherche.do)
Um gato em Paris
Um gato em Paris
(2010)
Uma garotinha parisiense deixou de falar após o homicídio de seu pai por um pérfido chefe de gangue. A mãe, detetive de polícia, quer prender o assassino de seu marido. A menina só se comunica com seu gato, que, por sua vez, auxilia um ladrão nos seus crimes noturnos.
O desenho é bonito, mas tem uma trama pobre e muito surrada: o bom ladrão regenerável versus o chefão cruel auxiliado por panacas. As referências a Paris são escassas e muito óbvias. É um desenho que fica muito aquém de obras como As bicicletas de Belleville, O mágico ou Chihiro.
Diverte, por menos de uma hora, e não vejo qualquer razão para ter sido tão badalado.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
A Chinatown parisiense
Quando eu era criança ouvi falar em Chinatown pela primeira vez em um filme locado em São Francisco, e mais tarde fiquei confuso ao ouvir novamente a expressão em outro sobre a máfia novaiorquina. Mas só fui saber que Paris tem uma Chinatown há alguns minutos atrás. Fica justamente no 13e (juntamente com o 20e, são os dois arrondissements que não visitei em minha viagem).
Bairro chinês pode ser interessante não só por sua cultura, mas também porque restaurante chinês é vital para vegetarianos como eu, sinônimo de repasto bom e barato. Duas avenidas aqui são fundamentais, caminhando para o limite de Paris (o Anel Periférico): Choisy e d"Ivry, com muitos restaurantes de culinária oriental (chineses, vietnamitas, tailandeses, e laoítas). Sem querer falar sobre o que eu não vi, deixo aqui, no entanto, o nome e o endereço de um restaurante muito elogiado:
Lao Lane Xang 2 (105 avenue d'Ivry). Gasto médio: 18 euros. Aberto de quinta à terça, entre 12 e 15h, entre 19 e 23h. Metrô: estações Tolbiac (linha 7) e Olympiades (linha 14)
O bairro tem inclusive uma igreja contemporânea (2005) dedicada à comunidade católica chinesa: a Notre Dame de Chine.
Os irmãos Tang formaram uma rede de supermercados de produtos asiáticos. Há também restaurantes (Chez Tang)
Entre 14 e 29 de janeiro a prefeitura regional (mairie) do 13e irá promover o Festival Asiatique. Dia 23 de janeiro começa o ano novo chinês (Dragão), com desfile no domingo, dia 29 de janeiro.
O 13e também possui a Biblioteca François Miterrand e o quartier Butte-aux-Cailles, mas são assuntos para posts específicos.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Falafel
Almoçamos no Maoz (http://www.maozusa.com/restaurants/locations/paris), rede vegetariana israelense fundada em Amsterdã e com duas franquias na capital francesa. A do Quartier Latin fica em: 8 Rue Xavier Privas (5e) (estação: Saint-Michel-Notre Dame, RER B)
Nenhum de nós tinha conhecimento dela, a palavra-chave foi végétarien (em grupos, e com fome, quem decide primeiro leva vantagem). Abre de domingo à quarta, entre 11h e 23h, e de quinta à sábado entre 11 e 02h (madrugada). Uma boa opção já que após às 22h é difícil encontrar algo aberto, lá não há supermercado vinte e quatro horas, salvo melhor informação.
Nossa primeira refeição parisiense foi um Falafel. Por ser vegetariano, falafel, humus e baba ganuj são das poucas coisas da culinária do norte da África e Oriente Médio a que posso me deliciar. Aqui em Juiz de Fora (Minas Gerais) durante uma certa época eu ia muito a uma lanchonete no Beco em função deste sanduíche de grão-de-bico. É uma delícia. Mas lá em Paris a coisa muda de figura, porque a receita original é bem variada. O falafel com recheio à escolha, batatas belgas condimentadas e refrigerante em lata do Maoz, para consumo no local (sur place) saiu por 8,50e. Alimenta com folga uma pessoa de boa boca. Cuidado com alguns temperos (muito) picantes.
No Marais há pelo menos dois estabelecimentos recomendáveis:
Chez Hanna:
54, rue des Rosiers, 4e/ estação. Fechado às segundas. Aberto de terça a domingo, de meio-dia à meia-noite. Sanduíches (vegetarianos ou não) a partir de 4 euros (em pé ou para levar, en porter). Sentado e à noite, os preços meio que dobram.
L'As du Fallafel:
Este é o mais famoso falafel de Paris (há muitos que dizem que o é de todo o planeta). É um estabelecimento kosher (cozinha judaica ortodoxa), que inclusive fecha aos sábados (não sei se o sábado ocidental ou o shabbath). Fica na mesma rua do Chez Hanna: 34, rue des Rosiers, 4e (metrô Saint Paul, linha 1). Sanduíches em torno de 7e. O estabelecimento é tão procurado que há bancos na estreita rua.
Me deu uma fominha...
Chez Hanna:
54, rue des Rosiers, 4e/ estação. Fechado às segundas. Aberto de terça a domingo, de meio-dia à meia-noite. Sanduíches (vegetarianos ou não) a partir de 4 euros (em pé ou para levar, en porter). Sentado e à noite, os preços meio que dobram.
L'As du Fallafel:
na placa diz: sempre imitado, jamais igualado
Este é o mais famoso falafel de Paris (há muitos que dizem que o é de todo o planeta). É um estabelecimento kosher (cozinha judaica ortodoxa), que inclusive fecha aos sábados (não sei se o sábado ocidental ou o shabbath). Fica na mesma rua do Chez Hanna: 34, rue des Rosiers, 4e (metrô Saint Paul, linha 1). Sanduíches em torno de 7e. O estabelecimento é tão procurado que há bancos na estreita rua.
Me deu uma fominha...
Paris Face Cachée/ The dark side of Paris/ A face oculta de Paris
Paris é uma cidade tão vasta que mesmo para quem reside lá por muitos anos não há como conhecê-la por completo. E volta e meia alguém me pergunta: se você já conheceu Paris por que quer ir lá de novo? Lógico, ninguém vai duas vezes na mesma cidade, a não ser em Cabo Frio, rs...
Paris Face Cachée oferecerá uma série de eventos (mais de sessenta) com o objetivo de dar ao cidadão acesso à Paris proibida (interdit) e desconhecida (inconnu). Os locais das atividades serão divulgados apenas nos dois dias do evento (4 e 5 de fevereiro). O participante poderá, por exemplo, conhecer um templo maçônico, visitar o atelier de artistas, as estruturas de um estádio místico, participar de festas, passear pelos esgotos (eca), conhecer uma vila utópica, entrar em um bunker da Grande Guerra, conhcer a produção de um filme, e outros. A reserva é por atividade específica. Há desde eventos gratuitos à quarenta euros (passeio de vélo por vinte e cinco quilômetros)
Reservas exclusivamente en ligne (online) a partir de amanhã (10 de janeiro):
sábado, 7 de janeiro de 2012
Crise aqui e lá?
De cada duas pessoas com quem converso sobre a minha viagem, uma lastima: é uma pena que a Europa está em crise, né? Entre elas, algumas chegam até a manifestar grande satisfação pelo fato de que ultrapassaremos a economia francesa em breve.. De minha parte, o que eu vi foi um consumo intenso e a economia em pleno vapor. Aqui, quando se fala em crise, há escassez de produtos, ou inversamente, venda com ágio, e muitas obras por se iniciar ou paralisadas, com grande desperdício de dinheiro público. Dê uma olhada nas obras da capital francesa previstas para conclusão ainda em 2012:
* alargamento dos passeios às margens do Sena;
* reforma da praça dos Halles;
* reforma da praça da República;
* jardim sobre a cobertura do Anel Periférico na Porte des Vanves (14e);
* expansão da malha ferroviária urbana;
* expansão dos serviços de planejamento familiar;
* nova ludoteca (espaço público dedicado ao lazer infantil) no 14e;
* cinco novas residências estudantis;
* nova incubadora de projetos;
* cabines móveis interativas.
Os países socialmente mais justos, quando em crise, ainda estão melhores do que os mais pobres, quando em expansão.
Aumento de mais de cinquenta por cento nas passagens aéreas
Em 2011 os preços das passagens aéreas no Brasil aumentaram em 52,91%. Os combustíveis foram responsabilizados, mas não resta dúvida de que a maior procura por voos pelo consumidor é a grande responsável, como em qualquer economia de qualquer sociedade, em qualquer época, a mão do mercado é que comanda.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
O seu rosto bonito pode ser um poster parisiense
Você gosta de ser fotogrado? Eu não. Repare que quase não apareço nas mais de 1500 fotos que tiramos de Paris, a maioria postada neste blog nos meses de julho e agosto. Quando visitamos o Beaubourg (Centre Georges Pompidou) havia uma cabine de fotos (photobooth) cuja fila era muito maior do que a do guichê de ingressos. As crianças vibravam de tirar uma foto com impressão do tamanho de um poster (sempre preto-e-branco). Tudo isto é obra do fotógrafo JR (Inside Out Project), cujo trabalho está em exposição no Marais. O tema somos nós, os heróis anônimos do quotidiano. Se você quiser participar poderá fazê-lo online, e você poderá ter um poster exibido pelas ruas de Paris, Arles (França), Tel Aviv (Israel) ou Ramallah (Palestina). Não precisa ser bonita como a moça acima. Veja este marmanjo, por exemplo, rs....
Onde e quando: Galerie Perrotin: 76, rue de Turenne (3e) Metro: estação Sébastien Frossard (linha 8). Amanhã é o último dia (aberto de 11h até às 19h). Entrada gratuita.
Fontes: http://agenda.paris.fr/evenement/1147/Galerie-Perrotin/DERNIERS-JOURS---J.R-s-expose-dans-le-Marais-
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Filmes parisienses (7)
A invenção de Hugo Cabret
(2011)
O novo filme do diretor Martin Scorsese (n.1942) tem sido muito elogiado pela crítica. O seu primeiro filme em 3D (não sei se isto é motivador ou não) é uma homenagem direta a um dos pioneiros do cinema, o francês Georges Méliès, realizador de um clássico, agora restaurado, La voyage dans la Lune, de 1902.
Você conhece esta imagem.
Georges Méliès (1861-1938)
Hugo Cabret é um pré-adolescente órfão de ambos os pais, muito inteligente, que durante a década de trinta mora em uma das estações parisienses, a Gare de Lyon. Vivendo em uma gare? Como é possível? Ora, centenas de milhares de pessoas sobrevivem nas ruas, estações têm abrigo, comida, água, produtos, gente circulando, além do mais ele vivia com um tio alcoólatra responsável pela manutenção do relógio da torre da estação. O filme começa um tanto infantil, com a personagem de Georges, um proprietário de uma loja de brinquedos (Ben Kingsley) fazendo uma caricatura de um adulto repressor sobre o pobre Hugo Cabret, tratado como se fosse um delinquente. Hugo também é perseguido por um inspetor de polícia que mantém a ordem na gare e envia menores infratores a um orfanato (Sacha Cohen, o Borat). Aos poucos o menino vai revelando a sua preocupação, obter pequenas peças de brinquedo para poder consertar algo muito importante relacionado aos tempos em que vivia com o pai.
Biblioteca Saint-Geneviève
Place Edouard VII
Martin Scorsese dirigiu as locações em Paris em grande segredo, no último verão. Durante dez dias em agosto, centenas de pessoas trabalharam na Universidade de Sorbonne (5e), na Biblioteca Saint-Geneviéve (5e), na praça Eduardo VII, rua Boudreau e no Teatro de l'Athénée-Louis-Jouvet (os últimos no 9e). É uma pena que a "estação" exibida no filme está repleta de recursos informáticos.
Théâtre de l'Athénée
Fonte:http://www.paris.fr/accueil/accueil-paris-fr/hugo-cabret-les-photos-du-tournage-de-scorsese-a-paris/rub_1_actu_92354_port_24329
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
London Calling (Ciclo de filmes londrinos em Paris)
Blow Up
Quadrophenia
Esta mostra de filmes londrinos é no mínimo, curiosa. Paris foi a capital cultural mundial por dois bons séculos e meio (1700-1950, aprox.), mas a partir da beatlemania (1964) perdeu o título para Londres, pelo menos no que diz respeito à música contemporânea e à vida urbana. Quando um amigo meu foi à capital do Reino Unido pela primeira vez, em meados da década de oitenta, me disse ao retornar de viagem: "Perto de Londres qualquer cidade europeia é careta". A rivalidade anglofrancesa tem raízes na Época Mercantilista (séculos XVII e XVIII) e no período napoleônico (1799-1815). Quando lá estive, em julho, notei que havia pouquíssimos turistas ingleses comparativamente aos demais grupos preponderantes (japoneses, alemães, estadunidenses e italianos)...
E é justamente o rock inglês que está em foco a partir de amanhã até o dia vinte e dois do corrente mês. Com o título London is swinging, a mostra London Calling traz clássicos como Blow Up, sobre a Swinging London (1965), de Antonioni; Tonite, let's all make love in London, com o Pink Floyd de Syd Barrett (1966), The rise anf fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, com o suposto último show de David Bowie (1973), Jubilee (1977), filme punk de Derek Jarman, e Quadrophenia (1979), sobre os mods e rockers do início dos anos sessenta, baseado em um álbum do The Who. Todos estes filmes não são novidades para os fãs de rock britânico e cinéfilos, em geral, mas são uma ótima dica para quem não os viu ainda, quanto mais nas dependências do Forum des Images.
Desde o dia sete passado até vinte e nove de fevereiro (!) o Forum des Images (no Forum Châtelet Les Halles, o centro do centro de Paris) está exibindo cem filmes londrinos. Ingressos: 3,5 a 5 euros (metade do valor usual). Metrô: estações Châtelet e Les Halles: linhas 1, 4, 7 e 14. RER: A, B e D. Sessões: entre 14h e 30 min e 23h e 30 min.
Programação completa da mostra London Calling (07/12/91 a 29/02/12)
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
La Gaité Lyrique.
O Teatro de la Gaité Lyrique é um espaço cultural voltado para as artes digitais, em todas as suas formas: cinema, videogames, música, dança, design, etc. É um centro de experiências estéticas futuristas preocupado com a interação com o público, com previsão de 120 eventos anuais. Inaugurado em 1862, foi um centro de referência para o teatro e ballets russos da época. Apropriado pelos alemães durante a segunda guerra, tornou-se uma escola de circo na década de setenta, e um mini parque temático na década de oitenta. Fechado por vinte anos, teve o seu interior reconstruído, mas com o cuidado de preservar as características arquitetônicas históricas (é impressionante como Paris consegue conciliar o antigo com o ultra-moderno). Com sete andares, o Gaité Lyrique (8000 m2) possui uma sala de concertos para 750 pessoas, um auditório, duas salas de exposição, sala de jogos, dois cafés, e uma loja.
Endereço: 3 bis Rue Papin (3e). Fechado a partir de amanhã até segunda que vem. Fechado às segundas. Aberto de terça à sábado, entre 14 e 20 h. Domingo, entre 14 e 18h. Tarifa plena: 7 euros. Adesão anual: 28 euros; bienal: 42 euros. Metrô: estações Réaumur-Sébastopol (linhas 3 e 4), Arts et Métiers (linhas 3 e 11), Strasbourg Saint-Dénis (linhas 4, 8 e 9); Ônibus: linhas 20, 38 e 47.
Fontes: http://br.franceguide.com/, http://www.timeout.fr/paris/en/la-gaite-lyrique-art-galleries, http://www.gaite-lyrique.net/
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