Há quase seis meses não escrevo nada aqui no blog. De uma hora para outra, assim como na minha outra publicação - Panoticum - desisti de escrever, e o motivo é o mais simples: parece que ninguém lê, ou, se o faz, não acha interessante ou relevante. No entanto,não gosto de deixar nada acabado, e em aneiro último vi uma viagem de duas semanas a Paris que eu não vou deixar esquecida. Este meu blog é meio que uma autobiografia. Então vamos adiante concluir o que vi e observei na Cidade do Cabo.
A "praia dos penguins" é uma praia particular - Boulders Beach - situada no Oceano Índico (você pode ver todos os meus vídeos sobre a Cidade do Cabo já publicados no meu canal do YouTube: enaldops) em Simon's Town. Fomos de trem, "primeira classe" (ZAR9). A viagem que duraria uma hora levou uma hora e quarenta por conta de obras na linha férrea. O trem não chega no objetivo, parou uma estação antes e completamos o trajeto de ônibus gratuito fornecido pela estatal. Pelo caminho passamos pela bela Muizenberg.
Chegando na estação de Simon's Town você anda uns dois quilômetros (e vê alguns babuínos) até o posto de Turismo e dali mais uma meia hora até Boulders Beach. Havia fila para entrar (ingressos a ZAR70), mas jogo rápido. Há basicamente dois passeios, um para ver os pinguins (há diversos pelo caminho, antes da praia propriamente dita) e outro para o acesso ao Índico, onde tive a oportunidade de conhecer e entrar em outro oceano (com temperatura mais amena do que o frio Atlântico da Cidade do Cabo). Feito o passeio até a praia retornamos para almoçar em Simon's Town,mas não havia nenhuma opção vegetariana.
Era por volta de uma hora e decidimos que daria tempo de voltar até a Cidade do Cabo e almoçar por lá. Chegando à estação ferroviária vimos o anúncio de partidas de trens escrito em giz em um quadro-negro. Em tese haveria trens a cada quarenta minutos.
Perguntei sobre o próximo comboio à bilheteira e ela me respondeu num inglês britânico: "Bem, senhor, nós ainda não temos certeza se haverá trens para a Cidade do Cabo por hoje".
Baixou o desespero e pensei:estamos presos aqui. Enquanto aguardávamos, sem sucesso, notícias esperançosas vimos que as pessoas chegavam à estação e em seguida buscavam carona na avenida em frente.
Eu não saberia fazer isto.
Simulei uma viagem de Uber, até então nunca tinha usado o aplicativo em minha vida, e dava ZAR300, algo em torno de oitenta reais. Achei razoável e chamei um veículo, um Toyota bem novinho. Valeu muito a pena, a viagem durou quarenta minutos com uma bela estrada e bela paisagem.
O motorista era do Zimbábue, e tudo que eu dizia ele falava em um tom cantado: "aaaallll riiiiiiighttt". Fiquei curioso e mais tarde entendi a razão.
Assento de primeira classe no trem para Simon's Town
O ofício de Turismo
Boulders Beach, a praia dos penguins no Índico.
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