Páginas

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Portobello Road (3) ou o dia que eu tive medo de uma vendedora russa.









Autêntico e caro.

Falafel é um prato que cativa o meu estômago.


Matilde encontrou os souvenirs que queria em uma barraca de uma senhora russa. Ela vendeu seis pelo valor de £5, deu uma de presente. Eu agradeci, mas a vendedora pôs-se a falar agressivamente comigo: "Fala para ela que eu vendi seis por cinco, anda, traduz para ela, fala que uma foi de graça!". No Brasil vendedor somente é ríspido com o cliente em circunstâncias muito específicas, e em última hipótese, o CDC tem alguma efetividade. A minha senhoria, miss Ksenia Voronova, intercedeu e pôs-se a esclarecer o incidente com a compatriota. Eu senti que a pronúncia, a dicção, o sotaque da comerciante era diferente da fala mais suave da minha locadora e também pelos filmes russos que assisto.

Perguntei a ela: "ucraniana?" A comerciante ouviu, e veio: "Eu não sou ucraniana, sou russa!" Pedi desculpas, mas eu sabia da suscetibilidade da questão entre eles. Para um professor de História apurar estes fatos é material de raciocínio e didático.

Miss Ksenia me esclareceu que os russos têm esta necessidade de se impor com os outros, que ela também fora assim quando mudara para Londres há quinze anos atrás.

Independentemente disto, a comerciante tinha hálito alcoolizado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário