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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Aeroporto Charles de Gaulle: a duana francesa.




O avião aterrisou (sob aplausos dos brasucas) com apenas vinte minutos de atraso em Paris. Chovia bem (mas não uma tempestade como as nossas) e tivemos que correr do avião ao ônibus da Air France que nos levaria ao terminal. De Gaulle é gigantesco. No ônibus um conterrâneo começou a falar em voz alta sobre Juiz de Fora, algo sem propósito, e uma brasileira,  professora de Português, creio, pegou um texto clássico de literatura e começou a lê-lo em voz alta para todos, uma atitude ridícula e que anunciava ao mundo a sua nacionalidade, algo bem irritante para quem tinha passado por um longo voo.

Ao descer do ônibus é preciso tomar o seguinte cuidado:

A maioria estava fazendo escala para Madri ou Roma. Foram poucos como nós que viajamos direto para Paris. Se você for ficar em Paris, dirija-se à esquerda. Em escalas, vá para a direita com a maioria. A cidadã de fala portuguesa pôs-se a dar ordens e instruções a todos, a troco de nada, como se fosse funcionária do aeroporto. Mas foi o último mico a que vi em toda a viagem.

E aí a primeira (boa) surpresa. Passando pelo controle policial, o que nos foi exigido:

a) bilhete do voo de volta? Não.
b) comprovante de estada de hotel ou locação imobiliária? Não.
c) comprovante do seguro Schengen? Não
d) mínimo de sessenta euros por pessoa/dia? Não.

A única exigência foi quanto ao passaporte, mais nada! Um policial de uns vinte anos, muito parecido com meus alunos, em tom de deboche abria qualquer folha de nossos passaportes, fazia um gesto teatral levantando bem o braço e carimbando-os um a um. Perguntei: c'est tout? E ele apenas indicou a saída. Estávamos admitidos em território francês.

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